De Homine

Perfil da Semana: Thomas Hobbes

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No próximo dia 05 completam-se 426 anos do nascimento do filósofo Thomas Hobbes. Acompanhe sua história de vida.

Biografia

O pai de Hobbes era um vigário anglicano que, após ser forçado a deixar o condado por conta de uma briga, deixou seus três filhos aos cuidados de seu irmão.

Desde seus 4 anos de idade Hobbes passou a receber ensinamentos escolares,primeiramente da Igreja de Westport, depois em outras duas escolas e aos 15 anos, seguiu para Oxford, onde posteriormente frequentou a universidade.

Após trabalhar como educador do futuro conde Devonshire, William Cavendish, criou um grande laço com esta família. Tendo ficado muito próximo de seu aluno, visitaram juntos França e Itália, em 1610. Durante a viagem, Hobbes percebeu que a filosofia Aristotélica vinha perdendo espaço, devido às descobertas de  Galileu e Kepler, que formularam as leis do movimento planetário.
Tendo isso mente, ao voltar à Inglaterra, Hobbes decide tornar-se um estudioso dos clássicos e realiza uma tradução da “História da Guerra do Peloponeso, de Tucididas, publicada em 1629. Viaja novamente para fora de seu país, mas logo é chamado, em regresso, para dar aulas ao jovem Cavendish. 

Durante uma terceira viagem ao continente, com seu novo aluno, Hobbes se encontrou com o matemático e físico Mersenne e, depois, com Galileu e Descartes. Descobriu os “Elementos”, de Euclides, e a geometria, que o ajudaram a clarear suas idéias sobre a filosofia.

Com a idéia de que a causa de tudo está na diversidade do movimento, escreveu seu primeiro livro filosófico, “Uma Curta Abordagem a Respeito dos Primeiros Princípios” e começou a planejar sua trilogia: “De Corpore”, demonstrando que os fenômenos físicos são explicáveis em termos de movimento (publicado em 1655); “De Homine”, tratando especificamente do movimento envolvido no conhecimento e apetite humano, (1658); e “De Cive”, a respeito da organização social, que seria publicado em 1642.

Hobbes retornou à Inglaterra em 1637, às vésperas da guerra civil. Decidiu publicar primeiro o “De Cive”, que circulou em cópia manuscrita em 1640 com o título “Elementos da Lei Natural e Política”.

Em 1640, retirou-se para Paris, onde passou os onze anos seguintes. Procurou o círculo de Mersenne, escreveu “Objeções às Idéias de Descartes” e, em 1642, publicou o “De Cive”.

Quatro anos depois,o príncipe de Gales, o futuro Carlos II, em Paris, convidou-o para ensinar-lhe matemática e Hobbes voltou para os temas políticos. Em 1650, publicou “Os Elementos da Lei”, em duas partes, a “Natureza Humana” e o “Do Corpo Político”.

Em 1651, publicou sua obra-prima, o “Leviatã”. Carlos I tinha sido executado e Carlos II estava exilado; por isso, no final da obra, tentou definir as situações em que seria possível legitimamente a submissão a um novo soberano. Tal capítulo valeu-lhe o desagrado do rei Carlos II e da corte inglesa.

Ao mesmo tempo, as autoridades francesas o tinham sob suspeita devido aos seus ataques ao Papado. Hobbes regressou a Inglaterra em 1651, também sob as críticas da Universidade de Oxford, que tinha acusado de manter um ensino baseado em conhecimentos ultrapassados.

Com a restauração da monarquia inglesa, em 1660, Hobbes voltou a ser admitido na corte, com uma pensão oferecida por Carlos II. Em 1666, Hobbes sentiu-se ameaçado, devido à tentativa de aprovação no Parlamento de uma lei contra o ateísmo, sendo que a comissão deveria analisar “O Leviatã”.A lei não foi aprovada, mas Hobbes nunca mais pôde publicar algo sobre a conduta humana.

Seus últimos anos, Hobbes passou com os clássicos da sua juventude, tendo publicado uma tradução da “Odisséia”, em 1675, e uma da “Ilíada”, no ano seguinte.

 

FONTE: http://educacao.uol.com.br/biografias/thomas-hobbes.jhtm

 

Obras do autor em nosso acervo

– Leviatã: ou matéria, forma e poder de uma república eclesiástica e civil. [Leviathan]. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 615 p.

– Do cidadão. [Philosophical rudiments concerning government and society]. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. 400 p.

– Os elementos da lei natural e política: tratado da natureza humana: tratado do corpo político. [The elements of law, natural and politic]. Tradução de Fernando Dias Andrade. São Paulo: Ícone, 2002. 216 p. 

– Do cidadão. Tradução: Fransmar Costa Lima. São Paulo: Martin Claret, 2009. v. 173. 288 p. 

– Leviathan. Edição: Marshall Missner. New York: Pearson Longman, c2008. 264 p.

– Do corpo – parte I: cálculo ou lógica. Tradução e notas: Maria Isabel Limongi e Vivianne de Castilho Moreira. Campinas: Editora da UNICAMP, 2009. 175 p.

– Os elementos da lei natural e política. Introdução: J. C. A. Gaskin, Tradução: Bruno Simões, Revisão da tradução: Aníbal Mari. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. 257 p. 

– Leviathan, or, The matter, forme and power of a commonwealth ecclesiasticall and civil. Edited by: Michael Oakeshott, With an introduction by: Richard S. Peters. New York: A Touchstone Book, 2008. 555 p.

 

Obras sobre o autor em nosso acervo

– Bobbio, Norberto, 1909-. Thomas Hobbes4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991. 202 p.

– Ribeiro, Renato Janine. Ao leitor sem medo : Hobbes escrevendo contra o seu tempo. 2. ed. São Paulo: Editora da UFMG, 2004. 355 p. 

– Weffort, Francisco (Org.). Os clássicos da política: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, “O Federalista”. São Paulo: Ática, 1989. 287 p. v.1.

– Macpherson, C. B. (Crawford Brough), 1911-. A teoria política do individualismo possessivo, de Hobbes até Locke. [The political theory of possessive individualism, Hobbes to Locke]. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. 318 p.

– Skinner, Quentin. Razão e retórica na filosofia de Hobbes[Reason and rhetoric in the philosophy of Hobbes]. São Paulo: UNESP, 1999. 639 p. 

– Quirino, Célia Galvão; Sadek, Maria Tereza (orgs.). O pensamento político clássico: Maquiavel, Hobes, Locke, Montesquieu, Rousseu. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 432 p. 

– Foisneau, Luc (coord.). La découverte du principe de raison: Descartes, Hobbes, Spinoza, Leibniz. Paris: Presses Universitaires de France, 2001. 202 p.

– Boutroux, M. Emile, 1845-1921. La philosophie allemande au XVIIe siècle: les prédécesseurs de Leibniz: Bacon, Descartes, Hobbes, Spinoza, Malebranche, Locke et la philosophie de Leibniz. Paris: J. Vrin, 1948. 241 p.

– Ribeiro, Renato janine (et al.); Boron, Atilio A. (org.). Filosofia política moderna: de Hobbes a Marx. São Paulo: EDUSP, 2006. 439 p. 

– Tuck, Richard; Sobral, Adail Ubirajara (trad.); Gonçalves, Maria Stela (trad.). HobbesSão Paulo: Loyola, 2001. 159 p. 

– Strauss, Leo. The political philosophy of Hobbesits basis and its Genesis. 12. ed. Chicago: University of Chicago Press, 2001. 172 p.

– Malherbe, Michel, 1941-. Hobbesou L’oeuvre de la raison. 2. ed. Paris: Philosophique J. Vrin, 2000. 218 p. 

– Lazzeri, Christian. Droit, pouvoir et liberté: Spinoza, critique de Hobbes. Paris: Presses Universitaires de France, 1998. 400 p.

– Soares, Luiz Eduardo. A invenção do sujeito universal: Hobbes e a política como experiência dramática do sentido. Campinas: Unicamp, 1995. 314 p

– Tuck, Richard. Hobbesa very short introduction. Oxford: Oxford University Press, 2002. 148 p.

– Villanova, Marcelo Gross. Lei natural e lei civil na filosofia política de Thomas HobbesGoiânia: Tendenz, 2007. 116 p.

– Strauss, Leo. La filosofía política de Hobbessu fundamento y su génesis. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2006. 231 p. 

– Santos, Maria do Socorro dos; Mesquita, Peri. As Matilhas de HobbesO modelo da pedagogia por competência. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2007. 134 p.

– Souki, Nádia. Behemoth contra Leviatã: guerra civil na filosofia de Thomas Hobbes. São Paulo: Loyola, c2008. 267 p.

– Ribeiro, Renato Janine. A marca do Leviatã: linguagem e poder em Hobbes. 2. ed. São Paulo: Ateliê, 2003. 115 p.

– Matos, Ismar Dias de. Uma descrição do humano no Leviathan, de Thomas HobbesSão Paulo: Annablume, 2007. v. 352. 109 p.

– Springborg, Patricia (org.). The Cambridge companion to Hobbes’s Leviathan. Cambridge: Cambridge University Press, 2007. 533 p. 

– Kenny, Anthony. Uma nova história da filosofia ocidental. Tradução: Carlos Alberto Bárbaro, Revisão técnica: Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2009. 403 p.

– Behemoth. Estudio preliminar, traducción y notas de Miguel Ángel Rodilla. Madrid: Tecnos, 1992. 268 p.

– Skinner, Quentin. Hobbes e a liberdade republicana. Tradução: Modesto Florenzano. Säo Paulo: Editora da UNESP, 2010. 213 p.